Ao elogiar os bolinhos de bacalhau do patrício Perez, Nova Friburgo, sua intenção era saborear alguns na faixa. Os bolinhos eram preparados e fritos na hora pelo próprio Perez, em uma cabine transparente, para que os fregueses pudessem acompanhar o processo e constatar que tudo era feito com a maior higiene. Enquanto fornecia detalhes do negócio, incentivado pelo nosso personagem, Perez ia atendendo os pedidos dos fregueses.
Terreno preparado, Brumadinho atacou:
“Então, patrício, tu podias dar uns bolinhos pra gente provar se são bons mesmo...”
Prontamente o Perez colocou três bolinhos numa cestinha que nos estendeu e voltou à cabine para atender outro pedido. Brumadinho olhou para a cesta e o chamou de volta:
“Perez, venha cá!”, e dramatizando continuou: “Ô rapaz, isso é coisa q’se faça!? Queres apartar dois amigos? Como é que tu dás TRÊS bolinhos para DOIS gajos? Se eu como dois, o Ornellas não vai gostar... Se ele come dois, quem não vai gostar sou eu!”
Perez depressinha acrescentou um bolinho à cesta, e Brumadinho abriu um sorriso:
“Agora sim! Dois pra cada um e não vai ter briga!”
Depois de elogiar os bolinhos que de fato eram muito bons, falou sobre o colega ilustre, Zé Maria, que dividia conosco o quarto de hotel, prometendo voltar no dia seguinte, pois fazia questão de apresentá-lo e que o mesmo, autêntico português, conhecesse aquele lugar maravilhoso.
Ao chegar ao hotel, ele disse ao Zé Maria que já lá estava: “Ó homem, não quiseste nos acompanhar, pois não sabes o que perdeste!” Falou sobre o lugar que descobrimos e dos bolinhos que ganhamos, e prometeu:
“Amanhã, voltamos lá, e vais ver como vou conseguir bolinhos de graça pra nós três!”.
Não perca a continuação, com a última parte dessa história!
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