"Neste ano de 2011 procedeu-se a eleição para a Presidência Nacional e também das Predências Estaduais da UBT. Cabe lembrar que os Estatutos da entidade conferem aos conselhos a iniciativa do processo, conduzindo-o de acordo com as normas. Não nos cabe aqui discutir um Estatuto já consagrado, embora tenha sido concebido em período de governos fortes na História do Brasil cujo reflexo se pode constatar no encaminhamento das eleições. Na verdade as Democracias modernas concebem a cada cidadão o direito de votar e ser votado e nesse ponto a UBT reserva o direito de voto escalonado, isto é, apenas Presidentes Estaduais votam para Presidente Nacional. Porém a UBT é uma instituição viva e deverá promover as mudanças necessárias a seu tempo e com a participação de todos. Às vezes somos de um formalismo exagerado e às vezes somos de uma informalidade que a todos confunde: afinal somos uma família...
Por isso nosso Presidente atual Eduardo O. Toledo propôs uma "Chapa" que a todos satisfez, pois se trata de um conjunto de nomes muito aceitos e recomendados. Mas com isso inibiu movimentos que se organizavam para participar do processo: em São Paulo, Domitilla articulava com Arlindo; no Rio todos pediam que Maria Nascimento aceitasse a indicação. Porém diante de um nome como Luiz Carlos Abritta, todos concordaram de imediato, aceitando a proposta do Presidente. Fica assim constituida a Presidência e Diretoria da União Brasileira de Trovadores - Biênio 2012/2013.
Presidente Nacional - Luiz Carlos Abritta - MG
Vice-Precidente - Rodolpho Abbud - RJ
Presidente do Conselho - Flávio R. Stefani - RS
Vice-Presidente - Carolina Ramos - SP
Secretário - Maurício N. Friedrich - PR
Saudemos a nova diretoria, augurando a todos muita sorte e alegria no trabalho que ora iniciam. São nossos queridos Irmãos Trovadores todos capacitados e que emprestam o prestigio e a honra de seus nomes à nossa entidade. Viva a UBT Naciona.
Aproveitamos para agradecer o esforço realizado por Eduardo Toledo para a integração da nossa UBT. Esse grande poeta e Trovador de carreira vitoriosa parte para enfrentar novos desafios que exigirão dedicação plena e exclusiva. Nós continuaremos a contar com suas Trovas e poesias maravilhosas."
Parece que algumas vozes, ainda que timidamente, começam a questionar o regime fechado, pelo qual somente quem governa determina quem governará no reino da trova.
Conheço trovador de grande capacidade, profundo conhecimento do movimento trovadoresco, dinâmico, e com aprovação geral entre os trovadores. Mas não tem nenhuma chance no modelo atual, não galgou os escalões necessários para se candidatar à presidência, porque não é simpático a pelo menos alguns dos senhores do conselho.
Quem sabe chegará o dia em que um metalúrgico possa chegar à presidência sem ter sido prefeito e governador. Depois, quem sabe, venham outras conquistas...
Confesso que, desde que ingressei nas lides da Trova, estranhei essa postura da UBT como Entidade. Seria interessante se o Estatuto, nessa questão, fosse reescrito. De fato não combina com o regime democrático recuperado pelo País a partir de Tancredo Neves e da célebre "Diretas Já"! Lembro-me que, a partir disso, Ulysses Guimarães só teve um voto mas concorreu. O próprio Lula, até ganhar maior credibilidade, também foi "massacrado" nas eleições mas conseguiu concorrer.
ResponderExcluirSeria ótimo uma mudança, permitindo que não apenas os "ubeteanos de carreira" pudessem pleitear os cargos e apresentar suas plataformas de trabalho. Não gosto de usar essa expressão mas fica parecendo que os cargos são "loteados". Entendo perfeitamente que se queira preservar tudo que Luiz Otávio elaborou com tanto carinho e luta mas... fica a pergunta: se ele ainda estivesse vivo, será que não teria, ele próprio, alterado muita coisa, adequando a Entidade e seus Estatutos à nossa realidade? Afinal, Luiz Otávio sempre foi um homem de uma visão futurista.
Penso que preservar a memória de um idealista não é "morrer junto" e, sim, manter vivos os seus ideais, preservando-os, atualizando-os e divulgando-os. Somos uma entidade de 'irmãos". Não somos?
JOSÉ OUVERNEY - Pindamonhangaba