Na história oficial da UBT (União Brasileira de Trovadores), Seção São Paulo SP, em seu site www.ubtsp.com.br, consta:
“...a data de comemoração da Seção São Paulo da UBT é 10 de novembro 1979. Ressalte-se que houve anteriormente um período tentativo de sua constituição, o qual porém não vingou.”
Foi o que sempre ouvi, desde que me tornei associado, em 1985. O tal período anterior, tido em tão pouca conta, foi riscado da história, e todos os que dele fizeram parte totalmente ignorados, fazendo supor aos que chegaram depois que a atuação deles foi tão insignificante, que jamais mereceram sequer uma menção, quanto mais crédito e reconhecimento.
Mas será que foi realmente assim? O que, de fato, aconteceu naquele período “que não vingou”? Prepare-se para se surpreender!
A verdadeira história
Junho de 1969 - Comparecem à Casa do Poeta de São Paulo duas sobrinhas-netas de Yde Schloenbach Blumenschein (Colombina), fundadora dessa entidade. São elas: Amaryllis Schloenbach e Maria Thereza Cavalheiro, poetisas bem conhecidas. A finalidade é, não só comunicar, como pedir apoio ao presidente da Casa do Poeta de São Paulo, Bernardo Pedroso, para que se consume na Pauliceia a fundação da desejada Seção Municipal da UBT. Tal ideia surgira de Luiz Otávio, fundador nacional da UBT, que se encontrou com Maria Thereza pela primeira vez em 1965, nos I Jogos Florais da Guanabara, nos quais ela havia obtido o seu primeiro prêmio em trova. Na ocasião, por delegação de Luiz Otávio, a premiada trovadora Antonieta Borges Alves estava empreendendo uma tentativa de agremiação de trovadores na Capital paulista. Antes dela haviam sido delegados Olímpio Franco Suannes e Orlando Brito. Antonieta, porém, já tinha certa idade, morava bem longe do centro e enfrentava dificuldades para motivar os trovadores a se reunirem. Mais adiante, por volta de 1968, a pedido de Luiz Otávio, Maria Thereza, que já havia recebido um telefonema de Antonieta, entendeu-se com essa trovadora, tomou a frente do assunto, e, contando sempre com a ajuda de Amaryllis, começou as reuniões, em endereço provisório na sede da União Brasileira de Escritores, no primeiro semestre de 1969, das quais Antonieta participou ativamente.
3 de julho de 1969 - É instalada a Delegacia da UBT Paulistana.
11 de setembro de 1969 - A Seção é oficialmente fundada, com o apoio da Casa do Poeta e de outras entidades culturais, com muita festa e grande público. O evento tem ampla divulgação e cobertura por muitos jornais e emissoras de rádio da capital e interior, e inclui apresentação musical de Inezita Barroso e Hilton Viana.
É eleita a primeira Diretoria por aclamação: Presidente - Maria Thereza Cavalheiro; Vice-Presidentes: Antonieta Borges Alves, de Administração; Orlando Brito, de Cultura; Oswaldo de Barros, de Relações Públicas; Amaryllis Schloenbach, de Finanças; Vice-Presidente Suplente: Bernardo Pedroso; Conselho Fiscal: Arlindo Cândido Barbosa, Branca do Amaral Mello e Paulino Rolim de Moura; Suplentes: Elisa Barreto, Eurípedes Formiga Ferreira de Sá e Marilita Pozzoli.
Desde a data de instalação, foi constituído o Jogral da UBT, composto de: Mirtes Polacchi, Cláudio De Cápua e Antônio Lafayette Natividade da Silva.
Maria Thereza acrescenta que, “além dos nomes da primeira Diretoria e do Jogral, constam da Ata de Fundação da UBT Paulistana, lavrada em 11 de setembro de 1969, mais os seguintes Sócios Fundadores: Gilberto Ortiz, J. Dirceu Pacheco de Mattos, Maria Teresa Guimarães Noronha, Aurora Abril, Antônio João El-Zih, Moysés Rodrigues da Costa, Benedito Rodrigues Aranha, Lourenço Muliterno Ross, Venina Franco Ferrari, Sylvio de Souza Monteiro, Eduardo de Oliveira, Alice de Paula Moraes, Orestes Rodrigues de Carvalho, Marcondes Verçoza, Mercedes Milano, Sand Lys Young, Maria Sílvia Olivo e José Ferreira Baptista.
Nos anos seguintes, com o falecimento de Arlindo Cândido Barbosa, Branca do Amaral Mello e Bernardo Pedroso; com a ausência de Orlando Brito; e por terem, em seguida à instalação, Paulino Rolim de Moura e Elisa Barreto se desligado da UBT, outros nomes vieram a fazer parte da Diretoria: Antônio Lafayette como vice-presidente de Cultura, cargo também antes ocupado interinamente por Flávio Szterling; Alice de Paula Moraes, Benedito R. Aranha, Maria Rosa Moreira Lima, Afonso Vicente Ferreira, Maria Teresa Guimarães Noronha, Zilda Xavier Polastro, Darci Marcondes e Neide Radi.
Eram também associados: Marília Fairbanks Maciel, Ana Braga Paz, Gaia Gomes, Jandira Santos Plazio, José Aprígio Nogueira, José Soares Cardoso, Messias de Mello Cabral, Geraldo Pimenta de Moraes, Sylvia Thiollier Pereira de Almeida, Yvone de Figueiredo Pereira, Nair T. Pallamin, Ralpho Lenzi, Sirley Bertoni e Aracy S. Bertoni.”
Pelas listas de assinaturas anexadas às Atas, outros nomes podem ser lembrados, como: Abguar Bastos, Adelino Ricciardi, Oduvaldo Batista, Paulo da Silveira Santos, Santos Mendes, Mario Garcia-Guillén, Paola France Vespi, Fanny Souza Dupré, Marina Tricânico, Sylvia Abigail Ramos, Alípio Donizeti da Silva, Maria Cecília Bellochi França, Edwiges C. Voillet, Odila Marcondes da Silva, Iraci Pereira, Carmen Sílvia De Cápua, Vera Marques, Rosa Cioni Rosa, Wanda Wello, Clóvis Moura, Lourdes Bernardes, Danilo Umburanas, Maria de Lourdes Teixeira Santos, Alarico Gonçalves Santos, Gil Bráulio, Raul de Roberto, Miguel Santoro, Anita Branco Masella, Oswaldo Raso, Jurema e Iria Recchia, Ulpiano Natividade Silva, Esbela Vieira, Deborah Ferrrari, Sophia Leite Cruz, Nelly L. A. de Barros, Diva C. de Oliveira, Elvira Faro, Elvira Gamero, L. Marques, Lygia B. B. Skal, Luíza Lindenberg, Norma Cury da Cunha, Isaías Teves, Sérgio Carlos Covello, Augusto Kuhl, Nestor Gonçalves, Edith Nunes Pereira da Silva, Regina Dinon, Dolores Pastor (Relações Públicas da Sonksen), Aristheu Bulhões (da UBT de Santos) e muitos mais.”
Havia também os que frequentavam as reuniões como visitantes (ou como Sócios Beneméritos). Conforme lembrou um dos fundadores, “a UBT contou com participantes assíduos como Noêmia de Andrade, Júlio de Mello e Silva, Analice Feitoza de Lima, Semíramis Mourão, Joaquim Garcia Lopes, Anatalino Motta, Lypetruites, Néa Simões e mais umas duas dezenas de poetas.”
No decorrer dos tempos, a UBT Paulistana conferiu títulos de Sócio Benemérito às seguintes pessoas: Laudo Natel, Inezita Barroso, Hilton Viana, Rubens Moraes Sarmento, Hélio de Aguiar, Kalil Filho, Raimundo de Menezes, Caio Porfírio Carneiro, Vitu do Carmo, Luiz Wanderley Torres, Benevides Beraldo, Daphnis C. de Lauro, Odárcio Oliveira Ducci, Evaristo de Carvalho, Belmiro Macário, Luís Orquestra, Reinaldo Di Giorgio, Roberto de Carvalho, Samuel Tavares Filho, Raul Tiago, Jaime Alves da Silva, Aurélio Ortiz Benitez (Cônsul do Paraguai), Esteban Britez, Papi Suarez, Juan Carlos Herrera e outros.
O período em que MTC presidiu a UBT, de 1969 a 1976, mercê de sua atuação dinâmica, em parceria com Amaryllis, foi marcado por uma atividade jamais igualada em qualquer outra época.
Disse um informante que “as reuniões da UBT, a esse tempo, contavam com cerca de duzentas pessoas na assistência, e eram precedidas de intensa divulgação nas rádios e jornais de São Paulo, por parte de Amaryllis e Maria Thereza. Muitas vezes, a direção da UBT contou com o apoio do radialista Oswaldo de Barros e de Cláudio De Cápua na divulgação.”
“As reuniões da UBT, a esse tempo, contavam com cerca
de duzentas pessoas na assistência, e eram precedidas de
intensa divulgação nas rádios e jornais de São Paulo.”
“Houve o apoio de muitos trovadores durante a gestão de MTC - diz Amaryllis - com numerosas reuniões, e a UBT promoveu vários eventos, também com a presença de inúmeros simpatizantes. Nesses anos, a repercussão foi grande na Imprensa de São Paulo, mesmo na do Brasil, nos grandes jornais e nos ditos alternativos, além do Rádio e da Televisão.
Foi um sucesso marcante a ‘Noite do Trovador’, que promovemos em plena praça, com grande público, sorteio de livros, prendas, apresentações lítero-musicais, a qual foi encerrada com a participação de duas Escolas de Samba em evolução junto ao palanque, depois a estender-se pela avenida, acompanhadas pela alegria do povo que festejava conosco.”
“Nesses anos, a repercussão foi grande na Imprensa de São Paulo, mesmo na do Brasil, nos grandes jornais e nos ditos alternativos, além do Rádio e da Televisão.” – Amaryllis
A meu pedido MTC quebra o silêncio de 35 anos e fala sobre a fundação da UBT, sua atuação e posterior afastamento da presidência. Ampliando o que outros citaram, ela diz:
“Como presidente, preparei para a revista ‘Capricho’, em setembro de 1973, o livreto ‘O amor na Primavera’, no qual ensinava a fazer trova, e acrescentava miniantologia; fiz também o programa ‘Trovas e Poesias’ na TV Gazeta; realizei seleções de autores vários para ‘Gotas de Pinho Alabarda’; promovi a distribuição de trovas em folhetos coloridos na ‘Noite do Trovador’. Preparei e distribuí Boletins com concursos da UBT; realizei concursos internos, dei prêmios, sorteei prendas, livros e rosas vermelhas, sempre angariados; convidei cantores profissionais amigos, que se apresentaram em reuniões por cortesia. Incluí 100 trovas em minha ‘Nova Antologia Brasileira da Árvore’, com distribuição gratuita no coquetel de lançamento, em 1975, na Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo, ao qual compareceram, entre outras personalidades, Luiz Otávio e Carolina Ramos (... só de jornais da UBT Municipal de São Paulo, que fundamos, tenho uma pasta de 200 folhas com notícias e reportagens); guardo livros autografados, fotos e outras preciosidades.
Revendo essa pasta de publicações, observei um Relatório Anual da UBT Nacional (1969) que registra nossa remessa à presidência de ‘recortes e cartas que demonstram o eficiente trabalho’ da Seção.
Até o final de minha gestão cumpri fielmente os Estatutos; enviei os Relatórios e contribuições pecuniárias de praxe. Amaryllis que, além de vice, era também secretária a título de colaboração, fazia as Atas das reuniões. A maioria de todas as despesas não se originava de mensalidades, mas de nosso próprio bolso.
Guardo, como num relicário, elogios e palavras de apreço de Luiz Otávio, em seu nome e no da UBT Nacional, em várias oportunidades, assim como de Carolina Ramos e Carlos Guimarães. Se necessário poderia ainda rever meus arquivos e acrescentar outros informes.”
“Até o final de minha gestão cumpri fielmente os Estatutos...
A maioria de todas as despesas não se originava
de mensalidades, mas de nosso próprio bolso.” - MTC
Todos esses fatos revelam que esse período inicial da UBT/SP foi um retumbante sucesso e não um vergonhoso fracasso, conforme sugerido pelo tratamento dado a ele na gestão subsequente.
Sendo assim, o que fez com que fosse interrompido? Maria Thereza abdicou do cargo em 1976. Por quê?
Uma versão diz que ela ‘abandonou o barco’, simplesmente foi embora. Faz sentido? Não para mim. Ninguém em sã consciência tira o time de campo ganhando de goleada.
O raciocínio lógico me diz que por trás de ações há motivações, ou justificativas. E o senso de justiça, guiado pelo conhecimento cristão, dita que antes de condenar temos de conhecer todos os fatos e entender as razões.
MTC nos fornece o motivo de sua saída:
“Estive à frente da UBT Municipal de São Paulo de maio de 1969 ao fim de 1976, quando me afastei por estar doente... Sofri, em 1976, uma grave operação. Estava também mal dos olhos, com dificuldade para ler, e até hoje tenho restrições. Apesar de tudo tinha de trabalhar fora – o que faço até hoje, graças a Deus!”
Isso é confirmado pela prima e amiga de todos os momentos, Amaryllis:
“Em 1976, por motivo de doença, quando sofreu uma intervenção cirúrgica, foi preciso afastar-se da UBT Paulistana, passando o cargo ao vice-presidente imediato...”
Embora esse tenha sido o motivo parece que outros fatores contribuíram: oposição, críticas amargas, que podem ter desanimado MTC de continuar, além de outras dificuldades. Tenho testemunhos de que ela foi vítima de intrigas, mas não pretendo divulgar já que meu objetivo não é reabrir feridas fechadas (conforme ela mesma classifica), mas dar a conhecer a verdade sobre o que aconteceu, ensejando possíveis reparações.
Seja como for, nada justificaria a supressão dessa parte empolgante da história, retendo os méritos de MTC e de sua equipe, e privando os trovadores e amigos da trova de, por desconhecimento dos fatos, lhes darem o devido reconhecimento.
Sobre o que aconteceu após sua saída, MTC lamenta:
“Eu nunca ouvi falar que a nossa Seção, instalada com a presença de Carolina como presidente estadual, e representando Luiz Otávio, presidente nacional, que enviou mensagem, em grande festa em setembro de 1969, pudesse estar ‘extinta’.
O que eu soube é que o Lafayette, o vice-presidente de Cultura que deveria suceder-me (o que de fato fez), foi DESTITUÍDO de repente por Josias de Paiva Pinheiro, então presidente estadual da UBT, que indicou outra pessoa para substituí-lo (Carolina havia passado a presidente regional).
Eu mesma não fui informada de nada, mas sabia que o Lafayette (por sinal, criatura de fino trato e poeta talentoso) estava com a mãe e a esposa, ambas com doença gravíssima e não conseguiu marcar reunião sob sua direção no prazo desejado. A mãe dele, Marta, que eu conheci, faleceu de câncer em 1978. Sua esposa também veio a falecer.”
MTC não quer falar sobre isso, mas Amaryllis desabafa:
“Ela se calou, para não criar polêmica, e não trazer publicidade negativa ao Movimento Trovadoresco... A mágoa de Maria Thereza, agora desfeita pela sua inspirada intervenção, foi ter sido relegada e injuriada por muitos daqueles que ela continuou a divulgar e a dar crédito literário, no decurso de seu perene trabalho em favor da trova.”
A maneira de MTC lidar com a situação confirma sua nobreza de caráter, e está de acordo com todos os depoimentos que coletei a respeito dela em minha pesquisa.
Ela jamais usou o poder da palavra e as oportunidades que seu prestígio lhe dão, de trânsito livre por muitos meios de comunicação, para se queixar do tratamento injusto que recebeu nem atacar quem quer que seja. Pelo contrário, sempre usou esses meios para promover a trova e colocar em evidência muitos trovadores, o que continua fazendo, tanto quanto lhe permitem as limitações impostas pelos seus 82 anos bem vividos, e que, segundo ela, “começam a pesar”.
“Ela se calou, para não criar polêmica, e não trazer publicidade negativa ao Movimento Trovadoresco... "
Maria Thereza recebeu inúmeras honrarias como poeta, advogada, escritora, conferencista, pesquisadora, tradutora, jornalista e ecologista.
Apesar de ter sua atuação reconhecida em todas essas áreas, ela confessa que seu amor pela trova se eleva acima de tudo o mais, e sua história de vida comprova isso.
Poucos fizeram tanto pela trova como MTC. É inacreditável que seu trabalho jamais tenha sido valorizado pela UBT, embora o seja por muitos de seus afiliados!
O que passou, passou, é verdade. A UBT é hoje dirigida por muitas pessoas de mentalidade aberta, com novas ideias, e com certeza a grande maioria nem tinha até agora conhecimento dos fatos aqui apresentados. Embora ainda haja quem imponha sua própria vontade, acredito e convoco meus irmãos trovadores como testemunhas, que este assunto receberá a atenção que requer, e que haverá empenho dos dirigentes nacional, regional, estadual e municipal no sentido de restaurar a verdadeira história da UBT Municipal de São Paulo, dando-se o devido crédito à Maria Thereza, Amaryllis, Cláudio De Cápua e demais poetas, injustamente relegados ao esquecimento por quase quarenta anos!
Algumas atividades e consecuções que marcaram a trajetória de Maria Thereza Cavalheiro:
- Assinou a coluna “Trovas” desde 1973, em diversos jornais, entre os quais: "Ultima Hora", "A Gazeta Esportiva" e "Notícias Populares", de São Paulo-SP.
- Mantém a coluna “Trovas” no jornal “O Radar”, de Apucarana-PR, editado por Rosemary Lopes Pereira, desde 1977, ou seja, por 34 anos, recorde absoluto no gênero. Inclui entrevistas, biografias e trovas de muitos autores.
- Desde fevereiro de 1994 tem sua coluna na revista “BALI”, de Itaocara-RJ, editada por Kleber Leite, com o mesmo teor acima.
- Publica artigos variados na revista “Tradição”, de Maringá-PR, editada por Jorge Fregadolli.
- Publicou "Trovas", sempre de autores vários, na revista da Ed. Sublime “Simpatias que curam" (ext.), e nas revistas da Ed. Abril "A Sorte e Você"(ext.), "Capricho" e "Carícia".
- Por muitos anos, forneceu seleção de trovas de vários autores para a hoje extinta fábrica das "Gotas de Pinho Alabarda", de São Paulo-SP, que as divulgava em adesivos, dentro dos saquinhos de balas.
- Apresentou no programa “Linfor em Tempo de Mulher”, semanal, na Televisão Gazeta, o quadro "Trovas e Poesias".
- Entrevistou, entre outras personalidades, o escritor Guilherme de Almeida, seu padrinho literário:
- Entrevistou, em 1971, Jorge Amado, e foi a ela que o Escritor fez a célebre declaração:
“Não pode haver criação literária mais popular, que fale mais diretamente ao coração do povo. É através da trova que o povo toma contato com a poesia e sente sua força. Por isso mesmo, a trova e o trovador são imortais.”
- Publicou dois livros ensinando a fazer trova: “Segredos do Bom Trovar” (com miniantologia) e “Trovas para Refletir” (na I parte trovas de sua autoria e, na Parte II, estudo sobre métrica e versificação, com exemplos de trovadores falecidos).
- Publicou artigos ensinando a fazer trova nos jornais e revistas em que assinava “Trovas”, e ainda
no jornal de empresa “A Família IOBiana”, de São Paulo-SP, e no “Almanaque Santo Antônio”, de Petrópolis-RJ, da Vozes, e há três anos, faz, com Amaryllis, a triagem de trovas para os produtos sazonais dessa Editora.
Nossa exposição dos fatos, obtidos com MTC e outros, logrou resgatar a história da fundação da UBT, Seção São Paulo SP. Ainda mais importante do que isso, resultou no reconhecimento praticamente unânime, pelos trovadores atuais que se expressaram, dos méritos de MTC e sua equipe, até então relegados ao esquecimento.
ResponderExcluirQuero ressaltar que nossa intenção não foi abrir um inquérito para nominar culpados pela situação que se desenvolveu. Acredito que ninguém tenha premeditado isso, mas omissão houve sim. De qualquer maneira, é coisa do passado, e o importante agora é não perpetuar o erro.
Nesse resgate, tanto ou mais importante que a exposição, foi a posição firme tomada por vocês, meus irmãos trovadores. Destaco, em especial, a contribuição dos que estão repercutindo a história, através dos repasses, tais como o grupo “Movimento de Poetas e Trovadores” e a inclusão da matéria em blogs e sites:
http://pedromello-ubt.blogspot.com/2011/07/resgatando-historia-da-ubt-sao-paulo.html
http://www.falandodetrova.com.br/averdadeirahistoria
http://www.ubtsp.com.br/#!noticias
http://www.ubtnacional.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=4&Itemid=6
www.vivatrova.blogspot.com
Pedro Ornellas - SP
De Carmen Pio – UBT Porto Alegre/RS:
ResponderExcluir“Caros irmãos e amigos trovadores,
É lamentável ler o anexo. Estou na UBT Porto Alegre, desde 1977, e já ouvi esse tipo de história mais de uma vez. Lamento muito!
Essas injustiças já causaram dores profundas a muita gente boa, que acabamos por perdê-las do nosso convívio trovadoresco. E quem perde com isso? A cultura brasileira.
Num movimento como o nosso, onde tratamos daquilo que há de mais belo: a poesia, os sentimentos mais nobres, o amor, a saudade, a bondade, a dignidade, a fidelidade, a honra, a fraternidade, a justiça, etc.,
jamais poderíamos nos deparar com uma situação como essa vivida pela Maria Thereza.
Mas... existem pessoas que não sabem SOMAR, conviver, agregar, vibrar com o êxito do outro, crescer com as conquistas do outro, aproveitar as criações do outro, e APRENDER com os outros.
Existem pessoas que não sabem conviver em GRUPO, que não conhecem a origem social do homem, que são individualistas e egoístas, que querem colher sozinhas os louros (como se isso fosse possível!!).
Nada de bom e útil se faz sozinho, precisamos diuturnamente uns dos outros.
Precisamos aprender a valorizar o outro e aproveitar o que cada um tem de melhor, pois somente assim conquistaremos um mundo melhor para todos. E ele é possível!
Basta nos humanizarmos, amar ao próximo e respeitá-lo como gostaríamos que fosse feito conosco.
Maria Thereza, também sou trovadora e advogada como você e estou me solidarizando a tudo que você possa ter sentido de tristeza e injustiça nesses mais de 30 anos.
Caso você queira falar alguma coisa aqui no nosso 'MOVIMENTO DE POETAS E TROVADORES', sinta-se em casa! Bj.”
De Maria Thereza - São Paulo/SP:
ResponderExcluir“Carmen, minha nova Amiga
Fiquei deveras sensibilizada com a manifestação da querida Confreira em mensagem ao nosso comum Amigo Pedro Ornellas.
Agradeço-lhe de coração a solidariedade, a compreensão, a sensibilidade que demonstrou ao tomar conhecimento dessa nossa história nostálgica para o movimento trovadoresco.. .
Gostaria de conhecer mais de suas atividades (literárias e outras), assim como de seu "Movimento de Poetas e Trovadores".
Queria também enviar-lhe meu mais recente livro "Trovas para Refletir", e pediria a gentileza de me mandar seu endereço postal, para remessa.
Grata por tudo! Carinhoso abraço”
De Vânia Souza Ennes –Curitiba/PR (Foi presidente da UBT Curitiba em 3 mandatos e Pres. Estadual da UBT Paraná:
ResponderExcluir“Queridos amigos Pedro e Carmen
Fiquei, completamente, pasma, com a história revelada pelo Pedro Ornellas. Inacreditável!
Depois de tudo o que li, demorei muito para digerir o referido assunto..
Com certeza, os sucessores de Maria Tereza não sabiam que “A verdade tarda, mas não falha...!”.
Pois bem, Maria Tereza é, e sempre será, mulher grandiosa e de indiscutível talento.
Agora, ela subirá no pódio dos corações dos trovadores de todo o Brasil e exterior, pela gloriosa história de amor e humildade, em favor da Trova e do Trovador.
Grande abraço.”
De Maria Thereza Cavalheiro para Vânia Ennes:
ResponderExcluir“Vânia querida,
A mensagem enviada para nosso comum amigo Pedro Ornellas, vinda de um dos pilares da Trova, com renome internacional, tocou-me profundamente. É bom lembrar que há criaturas sensíveis no mundo,como a querida Escritora, que abraçou a nossa bandeira por um mundo melhor e mais fraterno. Agradeço-lhe as generosas palavras a meu respeito e o apoio. Você merece o prestígio e o bom nome de que desfruta, junto com os seus. Felicidade, paz e alegria!”
De Vânia Souza Ennes para MTC:
ResponderExcluir“Olá caríssima Maria Thereza,
Como não tomar para mim as dores desta célebre escritora, jornalista, advogada, contista, tradutora, ecologista trovadora e, principalmente, amiga de meu avô Heitor Stockler de França, desde os tempos de Luiz Otávio?
Que a luz da sabedoria a acompanhe sempre, pois quem tem ideias nasce todos os dias!
Grande abraço e aguarde boas-novas, de repente.
Da sempre amiga
De Pedro Mello – UBT São Paulo/SP:
ResponderExcluir“Leiam, Amigos e Irmãos Trovadores, o texto de Pedro Ornellas em anexo. Trata-se do resgate de um importante período da história da UBT, período em que nosso príncipe, Luiz Otávio, ainda estava entre nós.
No texto em anexo, Pedro Ornellas apresenta um admirável resgate da (verdadeira) história da fundação da UBT de São Paulo. Faço questão de repassar aos Amigos. Embora muitos já o tenham recebido, é importante que o maior número de pessoas conheçam esse pedaço da história da trova e da UBT. Pedro fala de sua impressão sobre quando começou na UBT. Assim como ele, diversas vezes ouvi expressões negativas com referência ao trabalho dos tempos de Maria Thereza Cavalheiro, como se ela nunca houvesse existido ou pertencesse a um passado nebuloso e distante.
De fato, a UBT deixou de existir por um tempo, tornou-se Delegacia e Seção atuante, sob outras gestões. Isto, porém, não deveria eclipsar o trabalho daqueles pioneiros que gastaram seu tempo e recursos em prol da Trova. Isto de forma alguma significa que não existiu UBT em São Paulo antes de sua "nova fundação".
Eu, mesmo, Pedro Mello, que muitos de vocês até conhecem pessoalmente, ouvi falar em "trova" quando era criança por meio de umas balas de eucalipto chamadas "Gotas de Pinho Alabarda". As gotas de pinho traziam uma trova em papel autocolante e eu cheguei a colecionar várias delas. Quando entrei para a Casa do Poeta em 1997 e Divenei Boseli me falou da UBT e da Trova, para mim não era estranho porque imediatamente evoquei a lembrança das balas de eucalipto. Depois, conversando com Analice Feitoza de Lima, fiquei sabendo que as trovas nas gotas de pinho eram uma iniciativa de Maria Thereza Cavalheiro. Quando perguntei a pessoas proeminentes da UBT de São Paulo sobre isso, sempre ouvi termos depreciativos com relação a eles.
Maria Thereza Cavalheiro e Antônio Lafayette, os fundadores da UBT de São Paulo, sempre tiveram por parte de alguns o seu nome negado como participantes dessa história. Agora Pedro Ornellas vem em resgate desse passado importante da Trova em São Paulo. Reitero: o trabalho dos que vieram depois deles é importantíssimo, pois hoje a UBT de São Paulo está entre as mais atuantes do país e possui em seu quadro de associados trovadores entre os mais premiados dos Concursos e Jogos Florais do país inteiro. Não obstante, a história pregressa sempre foi escamoteada e todos têm o direito de conhecê-la. Agora a cortina é descerrada e vislumbramos um pouco de uma época áurea da Trova em São Paulo.
Tenho certeza de que Selma Patti Spinelli, atual presidente da UBT de São Paulo, com seu dinamismo e apego à justiça e à verdade, ao tomar conhecimento dos fatos agora apresentados, certamente apoiará o resgate da história da Trova em São Paulo.
Obrigado, Pedro Ornellas. Garimpar a história é uma parte relevante do trabalho pela cultura, muito mais importante do que ganhar concursos.
De Thalma Tavares - São Simão/SP:
ResponderExcluir“Queridos amigos, eis aí meu depoimento sobre a história da fundação da UBT-Seção São Paulo.
Por favor divulgem!”
“Caríssimos Pedro Ornellas, Pedro Mello e Maria Thereza Cavalheiro:
Estive na UBT- São Paulo durante nove anos, oito dos quais presidindo a Seção Municipal e as delegacias e seções estaduais, ouvindo sempre a mesma história sobre a fundação da UBT-São Paulo em que a advogada, inspirada trovadora e poeta Maria Thereza Cavalheiro figurava como uma de suas fundadoras e presidente que abandonara a Seção nas mãos do poeta Antonio Lafayette, seu vice-presidente, que não conseguiu dar continuidade às reuniões, acabando por decretar a sua extinção.
Só agora tomo conhecimento da verdade dos fatos que Pedro Ornellas traz à luz, desfazendo a impressão negativa que nos passaram em todos estes anos acerca da fundação da UBT-Seção São Paulo.
A razão por que esconderam de todos nós, durante tanto tempo, fatos tão relevantes sobre a fundação da UBT-São Paulo e a atuação brilhante de Maria Thereza Cavalheiro, nos entristece e nos intriga sobremaneira. Mas o que importa é que hoje, graças ao espírito de justiça do irmão Pedro Ornellas, nós e a grande maioria dos trovadores filiados às UBTs de todo o Brasil, conhecemos a verdade e emprestamos nossa solidariedade à inspirada trovadora, poetisa, escritora, jornalista e advogada Maria Thereza Cavalheiro.
Ao Pedro Ornellas o nosso muito obrigado por tão importante esclarecimento.
À Maria Thereza Cavalheiro, nosso abraço fraterno de reconhecimento e admiração.”
De Nilton Manoel (vice-presidente da UBT Estadual, São Paulo)
ResponderExcluir“Creio que MTC merece homenagem nacional pelo bem que fez à UBT durante sua estada gestora e mais pelos trovadores de todos os recantos. História que engrandece a UBT e não pode ficar em off. Por isto que sou a favor do sócio efetivo. Movimenta a fidelidade, a acessibilidade e a PORTABILIDADE fraternal como está em nossos hinos.”
De Selma Patti Spinelli – presidente da UBT Seção São Paulo SP (no site www.ubtsp.com.br)
ResponderExcluir“Sou membro da UBT Seção São Paulo desde fevereiro de 1996. Fui convidada pela Presidente Domitilla Borges Beltrame, que durante longos anos esteve à frente da Seção. Tornei-me Presidente em 2007, tendo recebido na ocasião todos os arquivos com registro de Atas de Reuniões e Livros de Presença, organizados a partir de 1978 dada considerada da refundação da UBT São Paulo, aqui iniciada como Delegacia e logo depois alçada a Seção.
REPITO: Nunca li registros anteriores (presumo na leitura do documento que tenham ficado com os autores do trabalho no período anterior).
POR ISSO, REPILO VEEMENTEMENTE a insinuação de que tenhamos razões escusas para ocultar o período anterior da UBT São Paulo.
Como Presidente, sempre procurei o reconhecimento do trabalho em prol da Trova e da UBT. Eu me orgulho de contar com todos os colaboradores e sei que sem eles, nada poderíamos ter feito. Tenho muitas testemunhas do meu gesto de reconhecimento; e procuro apoiar e incentivar para além da Trova, outras facetas que os Trovadores possuam realçando as qualidades também daqueles que trabalham pela Trova embora não sejam os premiados.
Tenho primado pelas oportunidades de prestar Tributo, homenagear os que premiados dignificam a Seção como também aqueles que anonimamente trabalham por ela.
A TROVA PERTENCE À LÍNGUA PORTUGUESA. todos os que se dedicam a ela fazem um grande trabalho patriótico, cultural e de cidadania.
A UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES Seção São Paulo SP é uma entidade erguida e mantida pelos Associados, até hoje às próprias custas; e apoiados pelos Assinantes do Informativo, que há 33 anos chega mensalmente em nossas casas, sem interrupção!
Ilustres Presidentes passaram pela entidade (Eu também passarei!). Li no Documento enviado muitas assinaturas de pessoas ilustres, que participaram no inicio quando todos se reuniam na UBE. Alguns continuaram, segundo seu arbítrio, participando da UBT até hoje; outros se afastaram por motivos pessoais. Mas vamos convir: existem aqueles que permanecem anos a fio, sempre presentes, sempre atuantes, interagindo e cultivando as amizades colhidas no nosso meio. A ESSES, eu rendo as minhas homenagens! Pois quando deixar a Presidência que é transitória, nem penso em deixar os amigos que ganhei nesse caminho.
O Trovador Pedro Ornellas, que me enviou o documento, ingressou na UBT em 1986 conforme os registros. Quando eu ingressei em 1996, dez anos depois, Pedro Ornellas era já Magnifico um orgulho para todos nós da Seção. Como Presidente procurei realçar estas qualidades em todos os momentos. No mês de novembro sempre festejamos o aniversário da Seção; no último novembro em 2010 nós homenageamos com festa os nossos Magníficos, Notáveis, Exímios Trovadores, num preito de reconhecimento e gratidão pelo muito que fizeram pela Trova elevando a qualidade da Trova da Seção São Paulo.
Trovadores afastados compareceram para nossa alegria; Pedro Ornellas não compareceu; não veio receber os seus mimos, o nosso diploma de gratidão, de Honra ao Mérito.
Confesso que fiquei ressentida; mas agora tenho essa oportunidade: afinal, recalque de ressentimentos não faz bem à Saúde. E de Saúde eu entendo.
Faço minhas, as palavras que recebi, do Trovador Pedro Ornellas:
...ainda que tardiamente, reconheceremos o trabalho e os protagonistas da história da Trova, cujos méritos não podem ser injustamente suprimidos.”
São Paulo, 10 de agosto de 2011.
Prezada Selma,
ResponderExcluirVejo com bons olhos a publicação de nossa matéria no site da UBT/SP. É uma forma de a história completa dessa seção ficar registrada, ainda que à parte da história oficial.
Confirmo cem por cento sua declaração sobre sempre reconhecer e valorizar o empenho de colegas em prol da trova. Sou testemunha disso, sempre tive esse incentivo da sua parte, e sou muito grato a você por isto. Admiro sua atuação que deu nova vida à seção São Paulo da UBT. Só quero fazer ressalva sobre a declaração em que repele ‘a insinuação de que tenhamos razões escusas para ocultar o período anterior’. Creio haver um mal entendido, pois jamais fizemos tal insinuação, se a tivéssemos feito seria injusta. Você mesma admite, como também o Thalma, que presidiu antes de você, que não conheciam detalhes sobre a primeira fase. Não foram vocês a ocultarem os fatos.
Também faço ressalva sobre a distinção que você faz entre os que se afastaram da UBT e os que permaneceram, frisando que ‘A ESSES’ você rende homenagens (aos primeiros não).
Por dois motivos:
1. Como eu disse em meu texto, por trás de ações há motivações. Por que não procurar saber e entender as razões de alguns se afastarem, em vez de simplesmente ignorá-los?
2. Alguns dos que se afastaram (da UBT e não da trova) também continuam ‘atuantes, interagindo e cultivando as amizades colhidas no nosso meio’ como vc diz. MTC certamente está entre esses e eu também me incluo, apesar de não ser muito o que posso fazer. É preciso reconhecer o fato de que a UBT tem a predominância, mas não o monopólio da trova. E na minha opinião, não é discriminando que se vai atrair os que estão fora.
Finalizando, quero de público, embora com muito atraso, pedir desculpas à Selma por não ter comparecido em novembro. Ela realmente me convidou e a iniciativa foi louvável. Não foi por descaso que deixei de ir, é que não pude mesmo, só que por algum motivo acabei não me justificando, e ela tem razão de achar que foi indelicadeza. Mas digo agora que a falha foi da memória e não do coração. Mesmo assim, aceito o merecido puxão de orelhas.
De José Ouverney – UBT Pinda SP:
ResponderExcluir“Realmente chocante a história sobre a UBT São Paulo. Como é possível tudo isso ser "engolido'? Acho que o Xavier, que editou as matérias para o site da UBT nem faz ideia do que houve antes. Fico pensando por que testemunhas disso nunca se manifestaram... Repito: que coisa incrível, não!”
De Maria Luisa Bomfim - 2ª secretária da UBT- Fortaleza e Presidente da AJEB- CE.
ResponderExcluir“Caro amigo Ornellas,
Agradeço a gentileza de tão importante pesquisa sobre a UBT. Fiquei surpresa com tantos acontecimentos por mim desconhecidos. É sempre bom tomarmos conhecimento da "história" seja ela qual for, pois trata-se de um enriquecimento de informações culturais e prazerosas.
Abçs carinhosos”
De Prof. Garcia – UBT RN:
ResponderExcluirBom dia, magnífico poeta, Pedro Ornelas.
Com a devida venia, vou imprimir esta matéria e arquivá-la por aqui. Isto não é material que se jogue em qualquer lugar. Quem ama e preserva a história da história, assim procede. Surpreendente momento, Ornelas.
Abraços,
De Dorothy Jansson Moretti – UBT Sorocaba SP:
ResponderExcluirCoisa incrível, Pedrinho, a gente ignorar por tantos anos acontecimentos tão importantes, tão belos e tão significativos para a UBT nacional! É realmente espantoso esse silêncio. Adoro Maria Thereza e volta e meia nos correspondemos. E adorei essas revelações surpreendentes. Agradeço a você por dar-nos conhecimento de fatos tão relevantes. Muitíssimo obrigada! Abraços
De Olympio Coutinho – UBT BHte(MG):
ResponderExcluirPedro Ornellas,
Quero tornar público meus parabéns a você pelas revelações do seu artigo (uma verdadeira reportagem investigativa) sobre a história real da criação da UBT São Paulo, pois representa um reconhecimento tardio a trovadores que não poderiam ser esquecidos; pelo contrário, precisavam ser exaltados pelo muito que fizeram pela trova, pela entidade e pelo movimento.
Renovo meus parabéns, Pedro, e espero que outros de nós sigam o exemplo, pois a história precisa ser construída com fatos que realmente aconteceram e com justo reconhecimento daqueles que realmente a escreveram. Abraços.
De Vânia Souza Ennes –Curitiba/PR :
ResponderExcluir“Queridos amigos Carmen, Pedro Ornellas, Amarillys, extensivo à Maria Thereza Cavalheiro
Aproveitando a oportunidade, quero lhes dizer que meu avô Heitor Stockler de França, nascido em 1888, um dos fundadores da UBT Seção de Curitiba e Estadual do Paraná, presente na ata de sua fundação, sucedeu Barreto Coutinho na presidência da UBT Seção de Curitiba, devido sua ascensão à presidência da UBT Paraná e logo ficou amigo e grande admirador de Maria Thereza Cavalheiro e Amaryllis, na época de Luiz Otávio. Ambas tiveram participação nos I Jogos Florais Nacionais do Paraná, um dos primeiros do Brasil.
No anexo, algumas cartas encontradas em seu escritório, após a sua morte ocorrida em 11.01.1975, há 36 anos. Grande abraço.”
De Hermoclides Siqueira Franco – UBT Nova Friburgo RJ:
ResponderExcluir“Estimadíssima Maria Thereza
Saúde! Paz! Alegrias!...
Recebi, em tempo, o seu atencioso bilhete, cujos agradecimentos não eram necessários, pois não fiz mais do que dizer o que me ditou o coração, diante de tão bonita manifestação do Pedro Ornellas. Agora, recebo do Prof. Pedro Melo nova manifestação muito importante, passando-me todo o histórico dos acontecimentos ocorridos na UBT/São Paulo, no período de 1969 a 1976, quando tive a oportunidade de tomar conhecimento da VERDADEIRA história da fundação da Delegacia e da Seção da UBT na capital paulista... Jamais havia pensado que ali pudessem haver ocorrido fatos como os que agora conheço e que, na verdade, são lamentáveis sob todos os aspectos. Apesar dos esclarecimentos agora divulgados, no meu íntimo sinto que deve haver ainda muitas “discrepâncias” não reveladas ao Ornellas, devido ao seu espírito de paz e serenidade...
Agora, passo a aguardar a atitude dos atuais dirigentes daquela Seção e da própria Presidência Nacional, diante dos aspectos tão oportunamente levantados pelo Ornellas com o apoio também do Prof. Pedro Melo... considere as minhas palavras como merecido preito de solidariedade a v. e a Amaryllis. Grande abraço
De Gilson Faustino Maia – UBT Petrópolis-RJ :
ResponderExcluirClaro que certas atitudes causam mágoas e aborrecimentos, mas considerando que a pessoa que faz é, e sempre será, ferramenta de trabalho e que, na maioria das vezes, nada faz pretendendo ser vista ou festejada por quem quer que seja, a coisa fica um pouco mais suave a ponto de, como a trovadora em questão (MTC), não querer esticar o assunto. Também, com a idade que tem, já aprendeu a segurar suas emoções e sabe que a verdade mais cedo ou mais tarde sempre vem à tona. Acredito que algum erro de comunicação associado com possíveis intrigas, inveja da competência alheia, tenha contribuído para esse problema. Acredito, também, que nos arquivos da UBT Nacional deve constar algum esclarecimento para o assunto.
Embora eu faça os meus rabiscos em trovas e poesias desde a minha juventude (iniciei no quartel em 1961), somente agora estou entrando em contato mais direto com o mundo da poesia, se bem que por volta dos anos 80 publiquei várias poesias nos jornais de Petrópolis e participei de algumas antologias poéticas. Visto isso, não estou à altura para compreender os problemas da UBT, pois ainda não estou inteirado de como as coisas realmente funcionam.
Não fique triste, amigo, procure esclarecer o assunto com tranquilidade. Essa nuvem irá se dissipar e a luz da verdade brilhará como o sol. Meu abraço,
De MTC e Amaryllis:
ResponderExcluirAmigo Pedro, faço minhas as palavras da carta de Maria Thereza, que transcrevo abaixo! Um fraternal abraço e o meu obrigada para sempre!
(Amaryllis)
Ornellas, Amigo incomparável
Você foi mais que um amigo - um irmão para mim, ao trazer a lume "A Verdadeira História". Embora já tivesse conhecimento do que v. pudesse abordar, fiquei emocionadíssima e sem palavras diante do fato consumado.
A Justiça de Deus não falha, e V. foi o instrumento. Trouxe uma oportunidade única de "redenção" para nós todos. Quebrou o silêncio de tantas décadas. Remexeu o "fundo do poço".
Sinto-me redimida. Neste mundo, a muita gente não interessa a verdade do passado. Para melhor usufruir o presente... Mas acredito na Lei de Causa e Efeito.
V. foi muito dedicado e lhe fico eternamente devedora. De todo o coração,
De Ruth Farah – UBT Cantagalo RJ:
ResponderExcluirNão sabia do caso, mas louvo o seu intento de propagar a verdade: "A César o que é..."
Apesar de não conhecer a Maria Thereza, sou sua fã através do BALI e outras publicações; agora, muito mais! Um abraço agradecido.
De Sônia Martelo – Pres. UBT Curitiba PR:
ResponderExcluirOlá, Pedro. Parabéns pelo seu trabalho em favor da trova e da verdade dos fatos como realmente se sudederam.
De Jaime Pina – UBT São Paulo:
ResponderExcluirParabéns por esse seu trabalho que resgata a história da UBT.
Quanto mais rica de história mais fortalecida fica uma entidade.
De Amaryllis:
ResponderExcluirSão Paulo, 24 de maio de 2011
Meu caro Amigo Pedro Ornellas
Escrevo-lhe com a emoção de quem sempre esperou que um dia a justiça fosse feita a minha querida prima e amiga Maria Thereza Cavalheiro. Deus se expressou através de suas palavras de gratidão!
Há setenta e três anos trago comigo a felicidade de compartilhar do caminho desse ser de tanta bondade, altruísmo e honradez. Em um distante maio de 1938, recebi visita na Maternidade, quando ao chorar pela primeira vez. Maria Thereza chegou, ainda criança, em companhia de Olga, sua avó materna e minha tia-avó (irmã de nossa saudosa Colombina), e foram elas as primeiras pessoas a assinar o meu “Livro do Bebê”. Desde então temos tido uma convivência fraterna, um tanto até mais de mãe e filha, apesar de não ser grande a diferença de idade. Estudamos e trabalhamos juntas até hoje, foi minha madrinha de casamento, mestra e modelo de caráter.
Juntas estávamos em 1969 quando MTC fundou, primeiro, a Delegacia em julho, e, em setembro, a Seção paulistana da União Brasileira de Trovadores.
A mágoa de Maria Thereza, agora desfeita pela sua inspirada intervenção, Amigo Pedro, foi ter sido relegada e injuriada por muitos daqueles que ela continuou a divulgar e a dar crédito literário, no decurso de seu perene trabalho em favor da Trova. Mas “águas passadas não movem moinhos”, e essa mancha se diluiu pela ação de seu ato amigo e pela reação de pessoas que se manifestaram a respeito do assunto.
Alma lavada, a dela e a minha, quero declarar o quanto foi preciosa a sua atitude na vida de MTC, que tem a consciência livre de qualquer aleivosia, “é isenta e fiel” (como quer Cecília Meireles) à causa trovadoresca, desde sua adesão em 1965, ao obter seu primeiro prêmio em concurso, no então Estado da Guanabara. Até o presente ela não tinha seu valor humano também reconhecido.
Seu “Jubileu de Ouro de Literatura” foi em 1997, mas hoje ela recebe um tesouro de presente, quando Você lhe passa parte da correspondência recebida de pessoas expoentes do meio, que se engrandeceram perante Deus pelo belo gesto de reconhecimento e carinho.
Agradeço mais uma vez seu gesto cristão, que me abriu a oportunidade deste depoimento, o qual Você poderá reproduzir à vontade. E rogo ao Criador que todos sejam abençoados por terem sido instrumento de Sua Graça, na alegria proporcionada a Maria Thereza e a mim, pois sempre procurei manter acesa a chama da Fé e da Esperança no dela e no meu coração.
Fraternal abraço,
Amaryllis Schloenbach